Consultora da Hoper, Cibele Schuelter diz que mudanças tecnológicas são rápidas e o tempo de adaptação é curto
A importância da utilização da Inteligência Artificial – IA nas instituições de ensino superior foi o destaque da conferência Times de marketing e comercial: competências essenciais e uso da IA proferida pela consultora da Hoper Educação e Mestre em Relações Internacionais, Cibele Schuelter.
Ela participou do Programa para o Desenvolvimento de Empresários e Executivos do Setor de Educação – Prodeese, realizado nos dias 12 e 13 de setembro, no Hotel Wish, em Foz do Iguaçu, que teve com o eixo Marketing e Comunicação.
Cibele reforçou a necessidade de as empresas mergulharem no universo da IA porque as transformações que ocorrem a partir da tecnologia são rápidas e o tempo de adaptação é curto.
A consultora frisa que empresas estão se tornando bilionárias com muitos poucos funcionários. Há previsões, inclusive, que até 2025 haja um unicórnio – empresa que vai valer US$ 1 bilhão com apenas um funcionário. “É uma mudança pela qual nós não nos preparamos e que não estávamos esperando”.
Para ilustrar didaticamente as transformações tecnológicas nos últimos anos, ela cita as ondas pelas quais a IA passam:
1ª. Onda - Internet e os motores de recomendação
Entende nossas percepções e crenças e as transformam em uma confirmação.
2ª. Onda – Negócios
O modelo de negócios está mudando e já há empresas concebidas para não ter funcionários e trabalhar 100% com IA fazendo associações com algo que o cérebro humano não consegue.
3ª. Onda – Percepção
Comunicação do mundo off-line para o on-line. Entre os exemplos está uma cafeteira que liga quando a pessoa chega em casa ou um aviso do celular que detecta queda de um idoso.
4ª. Onda – IA Autônoma
Quando a máquina consegue avaliar e tomar decisões sozinhas. Exemplos são carros autônomos cujos testes estão avançados e drones usados para apagar incêndios.
Diante das mudanças em curso, Cibele recomenda que as empresas passem e experimentar a IA, ferramenta que pode ajudar principalmente no trabalho intelectual.
Infoprodutores
Cibele comentou sobre o mercado ocupado hoje pelos infoprodutores e o alto faturamento de alguns deles com cursos. Como exemplo, ela cita um infoprodutor que vendeu um treinamento para passar no vestibular de medicina e já ganhou mais de R$ 40 milhões.
No ano passado, 7 milhões de pessoas monetizaram conteúdos digitais no Brasil. Elas estão presentes em um mercado que registrou 70% de crescimento em relação a 2019. “Ninguém fala em baixar preço. O foco absoluto é melhorar o produto”, acrescenta Cibele.
Comercial x Marketing
Sobre a relação marketing e comercial, Cibele ressalta a importância do diálogo entre os dois setores. Ela ainda destaca que o marketing precisa entender da área financeira, dos preços e participar das políticas comerciais. “É preciso entender profundamente do produto”.
Em relação as tendências de 2025, a consultora elenca 4 pontos:
Criação de conteúdo relevante
Listas de leads qualificados
Gatilhos mentais eficazes
Uso maciço de IA em textos e imagens.
Denise Paro
Jornalista
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