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Informativo Quinzenal

Foto do escritorAndressa Paiva

GESTÃO DOS INDICADORES DE AVALIAÇÃO DO MEC – APOIO AO DISCENTE

Quando pensamos nos instrumentos de avaliação do MEC, logo nos vem a mente, muita burocracia, coisas muito importantes e coisas que muitas vezes podem ser vistas até como utopias, se pensarmos no tamanho das limitações que podem existir em alguns locais das diferentes regiões do Brasil.


Porém, afora as limitações impostas pela escassez de recursos diversos no âmbito do Ensino Superior, há um indicador muito importante, mas pouco explorado, para os estudantes poderem aprender mais e melhor, e assim, ficarem satisfeitos por estar na instituição onde cursam sua graduação.


Este indicador está presente nos diversos Instrumentos de Avaliação do Inep/MEC - tanto nos Instrumentos de Avaliação Institucional Externos, como nos Instrumentos de Avaliação de Cursos de Graduação. Este item tem passado despercebido por várias IES, e na realidade pós-pandemia da COVID-19, se prova ser mais importante do que nunca.


Mas, além disso, dentre tantas coisas, atender a este item, também pode contribuir para uma nota melhor para a IES, pois seu cumprimento dá condições para IES obter boas notas.


Nos instrumentos de Credenciamento, no Eixo 3 – Políticas Acadêmicas, precisamos dar atenção ao Indicador 3.9 Política de atendimentos aos discentes; e no instrumento de recredenciamento, no Indicador 3.11 Política de atendimento aos discentes. A partir da nota 3 até a nota 5, vemos que a IES deve prestar um importante serviço ao discente, por meio de apoio Psicopedagógico.


O apoio Psicopedagógico também deve estar presente nas IES que desejam as notas 2 a 5, nas avaliações de Autorização de Curso, pois na Dimensão 1 – Organização didático-pedagógica, encontramos no Indicador 1.12 Apoio ao discente, a indicação da necessidade do apoio psicopedagógico, assim como no item 1.12 no instrumento de Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento.


Mas, na maior parte das IES, ainda não encontramos o apoio psicopedagógico para os estudantes, na prática muitos deles precisam de ajuda e intervenções psicopedagógicas para não desistirem de seu curso, devido às dificuldades de aprendizagem, ou até mesmo distúrbios de aprendizagem, ainda mais difíceis de serem superados.Para piorar um pouco mais esta realidade, notamos que além de muitas instituições não terem um(a) psicopedagogo(a) na IES, as poucas instituições que têm, contam com pessoas despreparadas para atuar na realidade do Ensino Superior.


Por vezes, durante o trabalho de consultoria de gestão acadêmica nas IES de diferentes locais do país, notamos que os poucos psicopedagogos presentes nas instituições, trabalham “às cegas”, sem saber exatamente qual o seu papel, e a grande maioria deles, se limita a tentar adaptar ações que foram ensinados a realizar com crianças e adolescentes, para tentar ajudar os jovens e adultos; e dentre os adultos... os idosos, cada vez mais presentes nas IES.


Desta forma, torna-se muito clara essa importante lacuna no rol de ações de apoio ao discente, que ainda inexistem, ou são precariamente desempenhadas. Mesmo que possamos apontar como culpados, os currículos dos cursos de graduação ou pós-graduação que estes psicopedagogos cursaram, precisamos ser humildes para admitir que como gestores da IES, precisamos promover condições para os alunos terem o apoio psicopedagógico adequado a ampla faixa etária atendida pelo ensino superior brasileiro.


Ainda é pequeno o número de IES que percebem a grande importância do apoio psicopedagógico para os seus alunos/clientes, e não percebem que a permanência dos estudantes na IES é colocada em “jogo”, quando eles têm acentuadas dificuldades de aprendizagem, e acabam desistindo do curso. Na verdade, o atendimento psicopedagógico nas IES hoje, deveria ser ponto central - isso deveria ser algo estratégico numa IES; deveria ser um destaque/diferencial que os alunos têm para contar para seu círculo de influência, quando conversam sobre onde fazer um curso de graduação com parentes, amigos, etc.


O atendimento Psicopedagógico no Ensino Superior é uma área especializada da Psicopedagogia, e em nossas consultorias, costumamos oferecer estas orientações e indicar formas adequadas de trabalho, tão particulares ao Ensino Superior, por saber de tal lacuna.

Sendo assim, se em sua IES, o atendimento psicopedagógico ainda é coisa que “passou despercebido” até este momento, isso deve mudar.


É preciso buscar um Psicopedagogo(a) especializado no Ensino Superior – que sabemos, é muito difícil encontrar, ou acionar uma consultoria especializada como fazemos, para tal área poder ser suprida rapidamente.

Pense bem, além de questões financeiras, as dificuldades de aprendizagem e o mal desempenho nas avaliações, continuam sendo um grande e forte fator que leva os estudantes a desanimarem, e pararem seus cursos, abandonando a IES.


Com a oferta do apoio psicopedagógico na IES, além de cumprirmos um requisito dos instrumentos de avaliação que poderão nos dar nota 5, cumpriremos nossa missão, a qual é dar as condições necessárias para nossos alunos aprenderem. Se eles aprendem, continuam estudando epermanecem na IES, e todos saem ganhando.






Andressa Paiva

Consultora da Hoper Educação.



ATENÇÃO: Não é permitida a reprodução integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é permitida apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime (Lei 9610/98).

 

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