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Informativo Quinzenal

DIFICULDADES NA AVALIAÇÃO E REGULAÇÃO FAZEM PARTE NO DIA A DIA DAS IES


Despreparo dos avaliadores e falta de familiaridade com a tecnologia tornaram-se problemas.

As dificuldades enfrentadas pelas Instituições de Ensino Superior – IES em relação à regulação foram debatidas no primeiro módulo de 2024 do Prodeese.


Na conferência Comissões de Avaliação: Dores Reais das IES no Processo Avaliativo e Regulatório, a consultora da Hoper Educação e doutora pela USP, Niube Ruggero, trouxe diversos cases relativos a problemas reais enfrentados por algumas IES perante o Ministério da Educação – MEC e os avaliadores.



A judicialização dos cursos de medicina e problemas relacionados ao EaD entraram em pauta. Em um dos casos, Niube citou uma IES com curso de medicina que passou pelo processo de avaliação com CC final de 4,98 e inicialmente teve relatório favorável. No entanto, obteve parecer desfavorável. 


A justificativa foi a de que o Conselho Nacional de Saúde – CNS alegou falta de residências médicas no Rio de Janeiro.  


Em uma outra situação, uma instituição pleiteava o recredenciamento institucional para um curso de graduação na modalidade EaD e presencial. Porém ocorreram problemas porque os avaliadores queriam uma cadeira para obesos em cada sala de aula. 


Outro caso inusitado foi de uma faculdade que planejava se estabelecer em uma fábrica de barras nutricionais. Para isso, propôs uma metodologia educacional inovadora baseada em Problem-Based Learning - PBL, integrando espaços fabris como laboratórios a fim de unir teoria e prática. 


Niube diz que a comissão avaliadora enfrentou dificuldades para entender a metodologia PBL e a utilização dos espaços da fábrica como parte do processo educativo. O processo correu, a IES pediu impugnação e o Conselho Nacional de Educação – CNE conseguiu audiência com o conselheiro. 


Despreparo 


Na avaliação de Niube, muitos dos problemas enfrentados deve-se ao despreparo dos avaliadores. “Há avaliadores mal capacitados que desconhecem padrão decisório”.  

Alguns, diz, desconhecem a legislação e fazem exigências descabidas, tais como, verificação de sistema para reserva de salas de aula na modalidade EaD, proibição de utilizar tablets em laboratórios. 


Também há houve casos de não aceitação de laboratórios virtuais como parte de infraestrutura e exigência de aulas síncronas para o EaD. 


Outra situação comum são dificuldades que alguns avaliadores têm com a tecnologia, mostrando resistência em acessar o drive institucional para análise de documentos e informações pertinentes, frisa Niube.

  




 


 





Denise Paro

Jornalista







 

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