Para o professor de MBA Filipe Santos é preciso entender o comportamento dos nativos digitais.
Conquistar a atenção da Geração Z é um desafio para um mundo ainda moldado por uma parcela da mentalidade de quem nasceu na era analógica. Por isso, é preciso entender o comportamento dos nativos digitais e usar ferramentas adequadas.
O assunto foi tema da palestra Engajamento e Conversão da Geração Z na Era da IA Generativa, proferida pelo professor de MBA, consultor de inovação e mentor de Geração Z, Filipe Santos.
Ele foi um dos conferencistas do Programa para o Desenvolvimento de Empresários e Executivos do Setor de Educação – Prodeese, realizado nos dias 12 e 13 de setembro, no Hotel Wish, em Foz do Iguaçu, que teve com o eixo Marketing e Comunicação.
Para Filipe, além da geração Z, há outros importantes elementos que fazem parte das mudanças que estão ocorrendo na sociedade: a 5ª. Revolução Industrial e a Inteligência Artificial Generativa.
Em 2020, em três meses de pandemia, a sociedade avançou o equivalente a 10 anos de adesão tecnológica, afirma Filipe. Essa aceleração gerou um desenvolvimento da IA Generativa e antecipou a 5ª. Revolução Industrial que deveria acontecer por volta de 2030 e deve ocorrer a partir do ano que vem.
“A gente precisa se preparar nas instâncias individual e coletiva para este tipo de mudança”, frisa o palestrante. De acordo com ele, as revoluções pós-internet previstas são: web 3, blockchain, metaverso, 5G e 6G, computação quântica, inteligência artificial, biogenética, nanotecnologia e robótica.
Ele diz que é essa pauta que vai estar presente no trabalho e no modelo de negócios inovador.
As diferentes gerações:
Atualmente 5 gerações convivem na sociedade:
Builders (silenciosos) – 1929-1945
Baby boomers – 1946-1964
Busters X – 1965-1982
Millennials Y – 1993-1996
Nativos Digitais Z – 1997-2012
Uma nova geração de transição surgiu entre Y e Z, chamada Zillennials. São jovens que não são Y nem Z (1996-2002).
A geração Z, diz Filipe, é a primeira nativa de hiperconexão, que vive o maior volume de upload da história. Ela é vista como audiência, cliente, alunos ou força de trabalho.
Para engajar a geração Z na era da IA é preciso:
Personalização em massa com IA generativa: 85% da Geração Z descobre novos produtos nas redes sociais e 40% utilizam o TikTok como ferramenta de busca.
Conteúdo visual e interativo: vídeos curtos e gráficos dinâmicos são fundamentais para captar a atenção dessa geração
Utilização de comunidades digitais e creators: 82% da Geração Z confia mais em amigos e familiares do que em influenciadores, mas 52% ainda confia em influenciadores para decisões de compra.
Autonomia e empoderamento no processo de decisão: as marcas devem fornecer dados claros e honestos para que essa geração possa tomar decisões.
Conteúdo educativo de valor agregado: a geração Z prefere conteúdos que ofereçam valor e estejam alinhados com suas metas educacionais e de carreira.
Adoção de plataformas de conteúdo gerado pelo usuário (UGC): quase um terço da Geração Z bloqueia ou deixa de seguir marcas que consideram não autênticas.
Marketing orientado a dados e inteligência preditiva: a análise de dados é fundamental para entender as preferências e comportamentos, permitindo segmentar audiências de forma mais eficaz.
Foco em sustentabilidade e responsabilidade social: 77% da Geração Z prefere marcas que promovem igualdade e diversidade, mas essa promoção deve ser genuína, refletindo a diversidade interna das empresas
Fidelidade e retenção com hiper personalização contínua: 62% da Geração Z desconfia de conteúdos gerados por IA sem um toque humano.
Denise Paro
Jornalista
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