O INEP liberou em 20 de junho, para todas as IES, os primeiros insumos relativos aos resultados do ENADE 2017, e conjuntamente neste mesmo período, as Notas Técnicas e todas as alterações relativas à composição dos indicadores de qualidade acadêmica 2017.
O frio na barriga e a apreensão em saber os resultados recebidos pelo INEP já começam a aparecer, principalmente em se tratando de um ciclo avaliativo que comtemplava Engenharias, Arquiteturas, Licenciaturas (até então o maior ciclo avaliativo).
A HOPER, em tempo recorde e com o apoio de seus clientes, conseguiu consolidar os insumos oficialmente divulgados às IES relativos aos resultados de Formação Geral (FG) e Conhecimentos Específicos (CE) de mais de 200 cursos de 36 diferentes IES, representativas de todas as regiões do Brasil, as quais agradecemos a confiança em nos enviarem seus insumos prontamente. Essa relação de parceria e confiança fortalece a assertividade das ações e auxilia a cada uma de nossas parcerias a se anteciparem em suas ações preditivas e de ajustes necessários aos próximos ciclos. Tempo aqui vale muito!
Os dados apresentados foram consolidados a partir dos resultados oficialmente divulgados pelo INEP - Insumos ENADE 2017 e comparados entre si na amostragem coletada. Esses apresentam uma tendência a partir do universo pesquisado e não podem configurar-se como um resultado oficial. Podem ser confirmados ou não, a depender dos demais resultados de todos os cursos no Brasil, com divulgação prevista para Agosto/18.
Queremos em primeira mão, apresentar a vocês nossas primeiras impressões.
Diferente dos ciclos anteriores (2015 e 2016) — que na média geral apontaram diferenças consideráveis dos resultados de ciclos anteriores — em 2017 comparado a 2014 temos uma “pseudo-estabilidade” dos resultados, cravando 0% de alteração se observados comparativamente todos os cursos da amostragem. No entanto, quando analisamos separadamente as médias dos componentes, temos nas provas de FG (Formação Geral) uma queda de 4% e em CE (Conhecimento Específico) um crescimento em torno de 2%, comparativamente ao ciclo de 2014 dos mesmos cursos.
Importante: Sendo um ano com muitos cursos em EaD, especialmente nas Licenciaturas, e tendo nossa amostragem poucos cursos nesta modalidade para poder inferir o impacto dos mesmos nas médias dos cursos, podemos ter discrepâncias nas tendências apontadas.
A estabilidade de resultados traz indicadores mais “comportados” em termos de variáveis, sem grandes sobressaltos. Em geral, os bacharelados respondem bem a este comportamento, enquanto as licenciaturas estão um pouco mais instáveis. Acompanhem as tabelas abaixo:
Cursos Bacharelados*:
* Forte representação em EaD não contemplado na amostragem que pode impactar o resultado apurado.
Fonte: Amostra Hoper Insumos ENADE 2017 (Nota Bruta Geral = FG*0,25 + CE*0,75)
Licenciaturas*:
* Forte representação em EaD não contemplado na amostragem que pode impactar o resultado apurado.
Fonte: Amostra Hoper Insumos ENADE 2017 (Nota Bruta Geral = FG*0,25 + CE*0,75)
A amostragem trabalhada utilizou-se da Nota Bruta Geral, ou seja, nota construída conforme Nota Técnica para Conceito Enade (FG-Formação Geral 0,25 + CE-Conhecimento Específico 0,75).
Para cada curso, procurou-se um número mínimo de escores de 8 cursos na construção do indicador de tendência variável, excluindo-se para tanto os resultados extremos (maior variação/menor variação) a fim de dar maior confiabilidade à métrica esperada. Em alguns casos, alcançamos mais de 20 cursos na amostragem trazendo maior confiabilidade às tendências apontadas.
Isto posto, teremos poucos “sobressaltos” nas notas de cortes, podendo apontar antecipadamente possibilidades de resultados a partir das notas de cortes apuradas em 2014. É bom lembrar que mesmo na distribuição entre os conceitos (pós resultados oficiais) podemos ter margens diferentes de crescimento dentro do mesmo curso.
Veja por exemplo, como ficaria uma nota de corte de Arquitetura e Engenharia Civil (aplicando a média de crescimento a todos os conceitos), cursos clássicos e estratégicos para as IES:
Por outro lado, as IES que estavam preocupadas com os resultados de cursos como Pedagogia e Engenharia de Produção, se confirmada a tendência da amostragem, terão um aparente “consolo” diante do já imaginado fracasso quando do conhecimento dos insumos divulgados, acompanhem:
Reiteramos nossa afirmação inicial de que a amostragem em estudo não contempla insumos suficientes de cursos na modalidade em EaD (Educação a Distância) que representem o total de impacto possível desta modalidade nos resultados gerais (média geral). Portanto, para cursos com boa representatividade em EaD no exame, podemos ter alterações consideráveis nas tendências apontadas.
CONCLUSÃO
Ciente do cenário prospectado, é possível ao menos comparar seus resultados a fim de vislumbrar como estes possíveis indicadores irão impactar estrategicamente sua IES e claro investigar e trabalhar na solução das lacunas apresentadas. Afinal estes cursos já estarão em novo exame em 2019 para as Engenharias e Arquitetura (Portaria 19/2017) e 2020 para todos os demais. Literalmente não há tempo a perder.
Para que esperar se posso me antecipar e de modo assertivo ajustar meus processos a fim de que discrepâncias como estas não me peguem de surpresa? Quer saber como? Quer conhecer melhor como podem ser traduzidos seus resultados e que impacto eles trarão ao seu planejamento estratégico? Precisa de apoio para melhor configurar seu Projeto Institucional ENADE?
Converse conosco, a Hoper tem uma solução customizada às suas necessidades para a melhoria dos seus indicadores acadêmicos. Não deixe de conhecer a Auditoria Avaliativa ENADE, ela é uma poderosa ferramenta para seu trabalho.
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Adriano Coelho
Consultor da Hoper Educação
EXPEDIENTE:
Revisão: Maria Luiza Zarro e Márcio Schünemann – Diagramação: Nicolas Zaparolli, Gráfico: Nicolas Zaparolli
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