Nos últimos anos o interesse das instituições em retenção se mostra tão forte quanto em captação de novos alunos para o Ensino Superior.
As instituições perceberam que não adianta apenas ter um bom processo de captação de alunos para garantir a sustentabilidade, é fundamental ter uma boa taxa de retenção dos alunos matriculados. Para exemplificar, veja a taxa de evasão no ciclo do curso, de acordo com as pesquisas da Hoper Educação:
Neste despertar para a retenção, as instituições passaram a prestar mais atenção nos pedidos de transferência, trancamento e nas rematrículas. As estratégias incluem entrevista com o coordenador do curso, negociações financeiras que viabilizem a permanência do aluno, auxilio psicológico e até apoio na recolocação no caso de desemprego. O esforço para a manutenção do matriculado é imenso e gera resultados.
Porém, muitas vezes a instituição se dá conta da evasão quando ela acontece, embora, normalmente o aluno dê sinais da evasão muito antes dela efetivamente acontecer.
Veja alguns sinalizadores de evasão:
Também é importante considerar que além das situações concernentes aos alunos,
a própria instituição contribui para a evasão. São fatores geradores de evasão:
Divergência entre as propostas anunciadas pela IES e o que é realmente oferecido pela instituição;
Equipe técnico administrativa desinformada e/ou descomprometida;
Dificuldade para acesso a informações sobre a instituição, processos internos e as atividades do curso;
Corpo docente desinteressado ou descomprometido;
Metodologias de ensino com pouca interação;
Aulas com baixo nível de relação entre a teoria e a prática;
Gestão do relacionamento com o aluno negligente ou inexistente.
O “olhar no aluno” deve ser introjetado no DNA da IES, para que as ações sejam tomadas nos primeiros sinais de evasão, aumentando assim as chances de retenção. Neste sentido,
a implantação de uma gerência de relacionamento com alunos, com processos internos bem estruturados aliados a um software de gestão eficaz, farão toda a diferença neste acompanhamento.
Os sistemas de informação permitem um acompanhamento individualizado do aluno, acendendo o sinal amarelo com relação a faltas, notas, atrasos tanto de horário quanto de pagamento, entre outros. Porém, monitorar e agir sobre estas questões, sem monitorar a interação dos professores e alunos em sala de aula, não resolve. É preciso desenvolver um olhar global sobre todas as atividades do e com o aluno.
Os melhores resultados na fidelização e manutenção dos alunos são conquistados quando a IES proporciona:
Honestidade nas campanhas de captação de alunos;
Coerência de suas ações e comunicação com seu posicionamento mercadológico;
Acompanhamento individualizado do comportamento de cada aluno (tanto no que tange a softwares quanto às pessoas);
Atendimento e relacionamento como parte da Estratégia global da IES;
Central de estágios e empregos;
Apoio psicológico;
Ambiente de sociabilidade e aproximação entre os alunos;
Desenvolvimento de projeto de vida do aluno;
Atividades que permitam o engajamento dos alunos em ações sociais;
Aulas interativas e baseadas em problemas reais da sociedade;
Laboratórios para aplicabilidade prática dos conteúdos.
Em se tratando de relacionamento com os alunos, as chances de fidelização são diretamente proporcionais ao esforço realizado. Cada uma das dimensões exige ações estratégicas e o resultado virá do conjunto de ações e não apenas de uma dimensão.
Vale ressaltar que a máxima “gente gosta de gente” é verdadeira, portanto, é fundamental ter pessoas apaixonadas por gente para a boa gestão do relacionamento.
Luciana Lavôr
Coordenadora de Cursos e Eventos da Hoper Educação
EXPEDIENTE:
Revisão: Márcio Schünemann – Edição: Mariana Andrade – Diagramação: Paulo Ricardo
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